Radicalismo pró-golpe de Veja reforça opção Requião para as Comunicações



Do blog do Esmael

Quem não se lembra da capa da revista Veja, edição de 25 de maio de 2011, na qual calculava que os estádios ficariam prontos somente em 2038? Seria tranquilo, se o semanário tivesse apenas errado na matemática. Mas não foi como se pôde verificar nas edições seguintes em que o esforço era para incriminar Dilma Rousseff. A tentativa era – e é — derrubar a presidenta democraticamente reeleita em 26 de outubro.
Para enfrentar esse radicalismo de direita, cresce no Palácio Planalto a tentação de convocar o senador Roberto Requião (PMDB) para comandar o Ministério das Comunicações. Ex-governador do Paraná por três vezes, advogado e jornalista, teria como tarefa principal a aprovação da Lei de Meios (regulação da mídia) no país.

Há motivos para chamar o “Capitão América” para colocar um freio nos excessos das empresas de comunicação? Leia abaixo os ataques perpetrados contra a democracia por Veja e outros órgãos da velha mídia e tire suas próprias conclusões.
Como se a petista fosse a artilheira escalada para a Copa do Mundo, Veja teve a pachorra de atribuir a eliminação da seleção brasileira nas semifinais, depois da vergonhosa goleada de 7 a 1 da Alemanha, ao estampá-la com a sugestão “Vai sobrar para ela?”.
O ápice do radicalismo de Veja pró-golpismo pode ser traduzido pela capa na semana da votação no segundo turno, onde acusara o ex-presidente Lula e Dilma de “saber tudo” sobre casos de propina e corrupção na Petrobras, cujo desdobramento da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, levou vários diretores de empreiteiras para a cadeia.
O antipetismo da revista desenterrou forças antidemocráticas que julgávamos extirpadas. A elas se somaram neofascistas, udenistas e setores saudosistas com a ditadura militar (acerca disso, vale a leitura do excelente artigo empresário tucano Ricardo Semler).
Para fechar o repolho, nesta semana Veja voltou a acusar Dilma de “saber do esquema de corrupção na Petrobras” por meio de um e-mail, de 2009, do ex-diretor Paulo Roberto Costa.
O diabo é que a Operação Lava Jato só foi desencadeada em 2014, conforme nota do Palácio do Planalto sobre o tema: “As práticas ilegais do senhor Paulo Roberto Costa só vieram a público em 2014, graças às investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.”
Requião neles? Dê sua opinião.

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