Carrossel judiciário: a moralidade dos homens que julgam a moral pública

13 de julho de 2015 |  Autor: Fernando Brito
comilao
Os juízes foram transformados em oráculos únicos da verdade.
Joaquim Barbosa diz, inclusive, que um governante eleito simplesmente deve sempre abaixar a cabeça diante do que Suas Excelências disserem.
E a cada dia vamos vendo como é forte e incorruptível o sentido moral de nosso Judiciário.
A última é o “truque do carrossel”, aplicado pela Justiça Federal no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.
A esperteza  “consiste em mandar, por 15 dias a cada mês, juízes federais para varas diferentes das que estão lotados originalmente”, segundo revelam Graciliano Rocha e Frederico Vasconcellos, na Folha.
Funciona assim: um juiz é designado como substituto para outra vara e, aí, abre-se uma vaga para a sua própria, para onde é designado outro e assim sucessivamente.

É o “carrossel judiciário”, inspirado no time holandês da Copa de 74.
Com um detalhe de “modernidade”, os substitutos nem têm de ir aos lugares para onde foram designados: julgam pela internet…
Assim, acrescenta-se o total de R$ 1 milhão mensais nos vencimentos dos juízes.
O esquema, não é uma exceção: atinge 271 magistrados, ou 90% do total.
Os 10% reatantes, diz a matéria, têm muitos processos e ganham a mesma
E foi implantado por pressão deles próprios.
Com todo o respeito, será que não dá vergonha a estes senhores no momento de falar em moralidade?

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